Romarias de Bom Jesus da Lapa
Segunda maior romaria do país
Conheça o Calendario das Romarias do Bom Jesus
Desde tempos imemoráveis, a festa do Bom Jesus é celebrada no dia 6 de agosto, mas, na verdade, o movimento dos romeiros começa logo após a festa de São João.
No santuário e na cidade, o movimento intensifica-se a partir de 28 de julho, quando se inicia a novena na esplanada, culminando no dia 6 de agosto com a celebração solene. Pela manhã e à tarde, há procissão pelas principais ruas da cidade, onde se destaca o andor carregando a imagem milagrosa do Bom Jesus da Lapa.
O fundador do santuário, Pe. Francisco da Soledade era muito devoto de Nossa Senhora. Peregrinando em busca do lugar ideal para fazer penitência, trazia também uma pequena imagem de Nossa Senhora das Dores. Desde o começo, no dia 15 de setembro, celebra-se a belíssima festa com a participação de milhares de peregrinos.
06 de Agosto
Romaria do Bom Jesus
A história de Bom Jesus da Lapa – primeira grande cidade às margens do rio São Francisco, quando este penetra em território baiano – está diretamente ligada ao santuário, principal razão da prosperidade local. Lapa recebe todos os anos, entre julho e setembro, a visita de mais de 700 mil pessoas que, em romaria, pedem e agradecem graças alcançadas. O santuário de Bom Jesus da Lapa, uma verdadeira igreja, fica em uma das 15 grutas existentes no Morro da Lapa, descoberta no século 17 por um monge.
A romaria em louvor a Nossa Senhora da Soledade e sua festa, celebrada a 17 de setembro, encerra este ciclo de fé e penitência pelo sertão da Bahia, que vem desde o século XVII. Naquela época a gruta começou a ser visitada por quantos desciam ou subiam o São Francisco, de gaiola, pela população móvel do ciclo da mineração e pelos romeiros, que até hoje chegam em caminhões ‘paus-de-arara’. Até hoje a cidade cresce em torno do penhasco ou ‘lapa’, onde está o santuário, já possui uma população de cerca de 80 mil pessoas, que sobe para 800 mil na época das romarias.
A cidade santuário surgiu no século 17, quando o português Francisco de Mendonça Mar, depois de trabalhar no ofício de ourives em Salvador, mudou seu nome para Francisco da Soledade e atravessou o sertão da Bahia, vestido com um grosso burel (antigo hábito de frade). Em terras do Conde da Ponte, Francisco fez de uma gruta próxima ao rio São Francisco a sua ermida, em meio aos índios e habitantes da região. A fama de sua vida espalhou-se. Chamado a Salvador pelo arcebispo, o penitente estudou e ordenou-se sacerdote, voltando ao santuário como capelão. Está sepultado ao lado do altar-mor, em local conhecido como ‘Cova do Monge’.
15 de Setembro
Romaria Nossa Srª da Soledade
A História de Nossa Senhora da Soledade
A devoção à santa tem origem no encontro de Maria com Jesus, no calvário. Maria sofreu muito e nada se compara à dor que sentiu quando viu seu filho sofrido, torturado, coroado de espinhos e carregando uma pesada cruz – dor tão profunda que até hoje nos faz refletir, quando temos as nossas próprias dores.
Por essa passagem, a Virgem Maria recebeu a denominação de Senhora da Soledade – palavra que significa saudade, tristeza, solidão. Nossa Senhora da Soledade é também conhecida como Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora do Pranto e Nossa Senhora do Calvário.
Ela nos passa uma forte mensagem e lição de vida: que assim como ela conseguiu passar por tudo, ao ver seu filho ser maltratado e morrer na cruz, nós podemos também, ser fortes e passar por nossas provações. Esse um motivo mais do que plausível e suficiente para que se participe da semana de celebração e da romaria em homenagem à santa – para agradecer pelos momentos em que conseguimos ser fortes e também para pedir que consigamos suportar as nossas dores e todos os obstáculos pelos quais teremos que passar.
Curiosidades sobre a estátua de Nossa Senhora da Soledade do Santuário do Bom Jesus da Lapa
A primeira imagem de Nossa Senhora da Soledade foi a levada pelo Monge Francisco, quando chegou ao morro, ela se encontrava em um altar na gruta, mas em um incêndio que houve na gruta, se queimou por completo. A imagem atual que está em um nicho de vidro, é esculpida em madeira e tem 1m60 de altura, também foi queimada, em 1971 – acredita-se que por velas que foram deixadas acesas.
A imagem foi salva, parcialmente carbonizada e sem os olhos, e dessa forma, participou da procissão no ano seguinte, em 1972, durante a Festa de Nossa Senhora da Soledade. Mas, em 1973, uma escultora de Salvador, a Sra. Bernardina Braga, a restaurou. Após 10 dias de trabalho, a imagem estava como nova.